domingo, 30 de agosto de 2009

Vik Muniz




Exposição localizada no museu Inimá de Paula. Vik Muniz era um escultor que, quando fotografava suas peças, percebia que era das imagens que ele realmente gostava. Ele encontrava o ângulo perfeito, a iluminação perfeita e a exposição perfeita para capturar o efeito que queria quando começava a produzir a escultura. Naquele momento, ele percebeu que a fotografia era muito mais interessante que as esculturas.

Vik utilizava objetos de variadas naturezas para produzir suas esculturas e fotografá-las depois. Com um simples arame ele conseguia fazer uma linda obra. Usava diamantes para retratar artistas famosos de Hollywood. Lixo e sucata, materiais considerados inúteis para maioria das pessoas, para ele tinha um valor imenso. Vik fotografava as esculturas de certo ângulo, que o obrigava a criar uma imagem distorcida com a sucata, que seria corrigida através do ponto de vista da câmera.

Em uma escala maior, Vik Muniz criava desenhos em grandes pedaços de terra e fotografava de um ângulo aéreo, que possibilitava a vista completa da obra. Poeira, areia e açúcar também eram aproveitados por Vik, que os utilizava para fazer desenhos, paisagens, retratos de pessoas e lugares.

Em uma das séries de obras do fotógrafo, ele brinca de achar formas reconhecíveis nas nuvens e as reproduz em pedaços de algodão. Muniz também utilizava várias coisas incongruentes e as colocava juntas, em montinhos, fazendo com que ficassem em perfeita harmonia, formando uma bela escultura.

Vik também se interessou em produzir imagens com materiais perecíveis, porque a transitoriedade justificava sua documentação. Como uma reprodução da pintura da Monaliza, de Leonardo da Vinci, feita com caviar e pasta de amendoim.

Outra obra do artista é um mapa múndi construído com pedaços de computador, teclas de teclado, partes de monitores, placas de memórias e várias outras partes que compõe o mapa, dando um aspecto perfeito do real mapa.


Assim como o arquiteto, Vik Muniz utiliza os recursos que ele tem disponíveis e constrói varias obras. Ele dá vida e utilidade à coisas simples e sem valor, fazendo com que elas adquiram vida, beleza e um valor artístico imenso, que impressiona pessoas por todo o mundo.


“Acredito que nem todas as pessoas sejam artistas, mas todas que desejarem ser possuem tudo o que o mundo tem a oferecer para que, um dia, elas se tornem. Se eu pude, qualquer um pode.”

Vik Muniz

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